Com o período chuvoso em Rondônia, acidentes com animais peçonhentos se tornam mais recorrentes. Para orientar a população, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), alerta quanto aos cuidados que se deve tomar em caso de contato com esses animais. Nos últimos 10 anos, foram mais de 12 mil acidentes registrados no Estado.
Animais peçonhentos são aqueles que produzem veneno e têm condições naturais para injetá-lo em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de dentes modificados, aguilhão, ferrão, entre outros.
Os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil são algumas espécies de:
- serpentes;
- escorpiões;
- aranhas;
- lepidópteros (mariposas e suas larvas);
- himenópteros (abelhas, formigas e vespas);
- coleópteros (besouros);
- quilópodes (lacraias);
- peixes.Esses animais possuem presas, ferrões, cerdas, espinhos entre outros, capazes de envenenar as vítimas. Em Rondônia, os maiores índices de acidentes acontecem com serpentes e escorpiões. Em 2021 foram 594 acidentes com serpentes e 296 com escorpiões. Nesta semana, Alcélio Reis, morador no Bairro Novo, em Porto Velho relata que ao tirar as roupas do varal, foi picado por um escorpião.
“A dor é grande! Corri para o Cemetron e fui medicado. Senti tontura, minha pressão aumentou e meu braço ficou dolorido. Olhem suas casas e cuidado com suas crianças” alerta Alcélio.
De acordo com a enfermeira e coordenadora estadual do programa de vigilância e tratamento de acidentes por animais peçonhentos, Magna Covre, os fatores para a presença destes animais em áreas urbanas vão desde o desmatamento até o período chuvoso, que leva os animais a procurar lugares úmidos com entulhos, lixos que proporcionam insetos, como baratas, que servem de alimentação.
“Ambientes onde há lixos e entulhos, possuem grande risco de abrigar os animais peçonhentos. Então todo cuidado é pouco na hora de limpar os quintais e outras partes da casa. Além da responsabilidade da população, o Estado supervisiona, orienta e acompanha as ações municipais nos registros de casos, captura, apreensão e eliminação desses animais que representam risco à saúde da população”, disse a coordenadora.
Para solicitar a busca ativa e captura dos animais peçonhentos, basta ligar para o Centro de Zoonoses de Porto Velho no (69) 3901-2878.
PRIMEIROS SOCORROS
Picadas de escorpião podem levar à óbito, por isso, é importante agir rapidamente após a ocorrência. O primeiro passo é lavar a picada com água e sabão e não espremer ou aplicar produtos na região. Em seguida, é indispensável entrar em contato com uma equipe de emergência em uma Unidade Pública de Saúde (UPA) para receber atendimento médico e, caso necessário, a equipe médica encaminhará para o Hospital de referência Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron).
O diretor geral da Agevisa, Gilvander Gregório, reforça outras recomendações importantes. São elas:
- Manter a casa, o quintal, o jardim sempre limpos, sem acúmulo de lixo ou de objetos que possam servir de esconderijo para escorpiões;
- Instalar telas nas portas e janelas. Vedar as frestas;
- Examinar roupas e calçados antes de usá-los;
- Usar botas de cano longo, mangas compridas e luvas quando manipular objetos em locais que possam servir de abrigo para escorpiões.
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