As Estatísticas do Registro Civil, divulgadas anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstram que houve um aumento histórico na variação de óbitos entre 2019 e 2020. Nos anos anteriores, o número varia em torno de 2% ao ano, mas, entre 2019 e 2020, houve aumento de 23%, passando de 8.473 para 10.426. Quando consideradas apenas as mortes naturais, que incluem doenças como covid-19, o aumento foi de 26,3%.
Analisando os números de mortes naturais, constata-se que o mês de junho apresentou a maior variação de 2019 para 2020: 78,7%. O mês de agosto registrou aumento de 58% no número de óbitos e julho subiu 57,9%.
Entre os municípios rondonienses, quando comparados os números de óbitos ocorridos em 2020 com a média dos últimos cinco anos, as maiores variações aconteceram em Cujubim (62,5%), Itapuã do Oeste (51,4%), Porto Velho (51,1%), Parecis (50%) e Rio Crespo (46,2%).
Observou-se ainda que os homens morrem mais que as mulheres: eles foram responsáveis por 59,3% dos óbitos naturais e por 82,7% das mortes não naturais (que incluem acidente de trânsito, homicídios e suicídios).
A pesquisa mostra ainda que, em 2020, ocorreram e foram registrados 239 óbitos fetais em Rondônia, sendo que os meses de maio e julho apresentaram o maior número: 27 em cada mês. Do total, 68,6% tinham 28 semanas ou mais de gestação. Também se aferiu que a mãe tinha idade entre 20 e 24 anos em 27,6% dos registros.
Registro de nascidos vivos em Rondônia é o menor desde 2014
No ano de 2020, nasceram e foram registrados 25.577 bebês de mulheres residentes em Rondônia. O número de registro é o menor desde 2014. Deste total, 51,3% eram meninos e 48,7% eram meninas. Por meio da pesquisa, também foi possível observar o registro tardio de crianças: 156, que corresponderam a 0,6% dos registros em 2020.
Notou-se ainda que a idade das mães tem aumentado. Em 2010, 21,4% das mães tinham entre 15 e 19 anos. Já em 2020, esta faixa etária representou 15%. O mesmo se constatou entre as mães com idades entre 20 e 24 anos: em 2010, elas foram 31,8% dos partos e, em 2020, foram 27,3%.
Em contrapartida, as mulheres que deram à luz quando tinham idades entre 30 e 34 anos representaram 13,6% dos partos ocorridos em 2010 e 18,8% dos partos em 2020. Da mesma forma, observou-se o aumento da proporção de mães com idades entre 35 e 39 anos: em 2010, elas corresponderam a 4,8% dos partos e, em 2020, 9,7%.
Dos nascimentos ocorridos em 2019 e que não tinham registro, 39% foram na Região Norte e 34% na Região Nordeste. Roraima (15,2%), Amapá (9,1%), Amazonas (8,6%), Pará (8,2%) e Acre (5,4%) foram as Unidades Federativas com as maiores taxas de sub-registro de nascimento. Tocantins (3,3%) está na sétima posição. Já Rondônia, apresenta o sexto menor índice brasileiro, com 0,7% dos nascimentos.
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Rondônia permanece com a maior taxa de nupcialidade do país
As Estatísticas do Registro Civil mostraram que houve uma queda de 17,9% no registro de casamentos em Rondônia, passando de doze mil registros em 2019 para dez mil em 2020. No Brasil, a queda foi de 26,1%, passando de 1,02 milhão casamentos em 2019 para 757 mil em 2020.
Além da queda histórica no número de registros, foi possível observar o impacto da pandemia de COVID-19 durante os meses de 2020. O mês de março, início da pandemia, registrou 26,2% a menos que a média dos cinco anos anteriores. Já em abril, a queda foi de 50,8%.
Chama a atenção o fato de Rondônia apresentar uma taxa duas vezes maior que a brasileira de casamentos entre cônjuges de sexos diferentes de homens com idades entre 15 e 19 anos. Enquanto 2,2% dos casamentos no Brasil foram com homens nesta faixa etária, em Rondônia, o índice foi de 4,8%.
Grande diferença também ocorreu entre as mulheres que casaram com homens. Em todo o país, 8,2% das mulheres tinham entre 15 e 19 anos. Já em Rondônia, este índice foi de 15,9%.
Entre cônjuges de sexos diferentes, nota-se que 62,4% dos casamentos ocorridos e registrados em Rondônia foram entre pessoas solteiras; 11,7% entre homem divorciado e mulher solteira e em 11,6% os dois eram divorciados.
Fonte: Amabile Casarin
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