25/9 Dia do Trânsito: nada para comemorar e muito para se refletir!

Publicada em


Acidente na BR-364 deixa duas vítimas fatais – Foto: PortalP1/Arquivo

 

“Ser empático, se colocar no lugar do outro – isso é de extrema importância. Afinal, o trânsito é responsabilidade de todos”. O Brasil é o país que mais há mortes de trânsito no Mundo proporcionalmente à sua população. Excesso de velocidade e falta de atenção são as principais causas de colisões nas rodovias. Nas ruas e avenidas das cidades o número de acidentes e mortes é a maior do Mundo e triplicou na última década. “No trânsito, sua responsabilidade salva vidas e cabe a cada um de nós”.

CLIQUE AQUI E SIGA O PORTALP1 NO YOU TUBE

CLIQUE AQUI E SIGA O PORTAL P1 NO INSTAGRAM

JORNALISTA VICTÓRIA BACON

Infelizmente o número de mortes e acidentes causados pela imprudência, pressa e estresse das pessoas no volante de um automóvel ou caminhão e no guidão de uma motocicleta bate recordes ano a ano.

A data de 25 de setembro foi instituída no calendário nacional brasileiro. A data, referência à regulamentação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), ocorrida em 23 de setembro de 1997 pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, evidencia ações de conscientização sobre o trânsito em relação a acidentes, normas de segurança e dirigibilidade pelas ruas do país.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o trânsito é o motivo de falecimento que mais acomete crianças, jovens e adultos na faixa etária entre 5 e 29 anos – são aproximadamente 1,35 milhões de mortes no mundo anualmente.



O Brasil é o país que mais mata no trânsito em todo continente americano e apenas é superado pela Índia em relação aos dois últimos anos. Detalhe: A Índia possui uma população superior a 1 bilhão de habitantes, 5 vezes maior que a do Brasil. Proporcionalmente o número de condutores no trânsito e a população, o Brasil é o país que mais ocorre mortes/população/condutores do planeta.

Figurando em 2020 entre os quatro países com mais mortes em acidentes de trânsito no mundo, segundo pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil contabilizou 23,4 mortes por 100 mil habitantes só em 2018. No ranking só fica atrás de China, Índia e Nigéria como o país com mais mortos.

Responsável por cerca de 1,35 milhão de mortes por ano em todo mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o trânsito é a principal causa de acidentes em crianças e jovens com idades de 5 a 29 anos. Apesar da imprudência dos motoristas ser a principal causa dessas ocorrências em todo o mundo, representando cerca de 90%, a manutenção dos automóveis deve ser um dos fatores mais relevantes na hora de compreender os motivos para os números tão elevados.

 

No ranking das principais causas de colisões de 2021, o excesso de velocidade é seguido pela reação tardia do condutor, com 3.129 casos. Não manter a distância segura do veículo da frente ocupa a terceira colocação, com 2.539 ocorrências, seguido por acessar a via sem observar a presença de outros veículos, o que provocou 2.464 acidentes. Tanto em 2019, quanto em 2020, a falta de atenção foi seguida pela desobediência das regras de trânsito como o maior motivo para as colisões.

São vários os motivos: imprudência, desatenção e despreparo dos motoristas, consumo de bebidas alcoólicas, falta de fiscalização, estradas esburacadas, defeitos mecânicos nos veículos… Os acidentes não acontecem por acaso, resultam de escolhas inadequadas e arriscadas por parte de condutores e pedestres.

 

O principal desafio é humanizar o trânsito. E isso passa por investimentos e mudança de postura de todas as pessoas envolvidas. Afinal, somos responsáveis por nossos atos no trânsito e ter consciência disso é o caminho para reverter o triste cenário atual.

 

 

Por: Victória Bacon