Nos bastidores, Bolsonaro se queixa de Marcos Rogério e os outros Senadores Governistas na CPI da Covid-19.

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A CPI da Covid-19 está a cada capítulo alegrando a oposição. O senador Marcos Rogério, que deseja apenas lucrar politicamente na CPI, não consegue avançar um passo a não ser sua projeção nas Redes Sociais. Os últimos depoimentos de Mandetta e Teich provam a falta de articulação, estímulo e estratégia por parte do senador que deveria em tese desconstruir as acusações feitas ao Presidente até o momento. Marcos Rogério atacou a articulação política da Presidência e disse não ser “subserviente”.

 

A CPI da Covid-19 instalada desde 27 de abril, tem surtido mais ataques a Bolsonaro do que se pretendia. O Presidente queixou-se nos bastidores do senador Marcos Rogério de Rondônia (DEM) bem como pelo pelotão ( outros senadores governistas) que deveriam atuar como se uma guerra fosse.

 

“Sou aliado, não subserviente”, diz senador governista na CPI da Covid”. Essa fala do senador deixou claro que seu papel na CPI não será o da defesa do Presidente.

 

Com críticas à articulação política do Palácio do Planalto, que tem como chefe o próprio Presidente Bolsonaro, na CPI da Covid, o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) diz que caberá ao governo subsidiar os parlamentares com informações, mas que a defesa da gestão de Jair Bolsonaro tem limites. “Sou aliado, não sou subserviente”, afirmou, ao ser questionado se o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazzuello preocupa. “Ele vai ter que vir, se houve falhas na gestão dele, vai responder por elas.”

 

As trapalhadas de Marcos Rogério começa pela falta de estratégia em descontruir a oposição e ficar toda hora atacando os senadores Renan e Omar. A prova disso foi o depoimento de Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde que transformou o depoimento da terça-feira, 04, em ataques a Bolsonaro colocando-o literalmente no bolso e deixando Marcos Rogério atônito.

 

As queixas do presidente são extensivas aos ministros palacianos que participam do esforço anti-CPI: Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil), Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo). Chamou os três para conversar na manhã desta quarta-feira.



 

Os senadores governistas na CPI batem cabeça, especialmente Marcos Rogério que pretende transformar sua passagem pela CPI em ganhos políticos futuros. O senador rondoniense não está preocupado com Bolsonaro e sim com o seu poder e sucesso, assim como na CPI que ele foi relator em 2016 na Câmara dos Deputados. Naquela ocasião ele relatou o enforcamento de Eduardo Cunha que presidia a Câmara dos Deputados e Marcos Rogério aproveitou-se para crescer politicamente.

 

Dessa vez não deu. Marcos Rogério ficou birrento, fez cara feia, brigou, tudo em vão. Não conseguiu a relatoria da CPI que era o seu desejo, perdendo para Renan Calheiros. Para mostrar serviço a Bolsonaro, Marcos Rogério utiliza da pior tática de guerra, mostrar aos inimigos suas fraquezas.

 

O senador solicitou à CPI a convocação de governadores de alguns estados para mirar opositores de Bolsonaro. A estratégia claro que dará errado, pois acabará atingindo a todos os governadores e se transformará num campo de guerra entre opositores e apoiadores de Bolsonaro.

 

Em tese, os senadores que deveriam defender o Presidente Bolsonaro e suas ações na pandemia perante à CPI, em especial o senador Marcos Rogério, somente estão servindo para cumprir ritos e nada mais.

 

A estratégia adotada por Marcos Rogério até agora está resumida em gritar. Uma tônica daqui em diante que não trará nada de positivo ao Governo Bolsonaro. Aliás, o senador rondoniense só quer lucrar politicamente para ele e nada mais.

 

Nas seis horas de seu depoimento, Teich, ex-ministro, expôs suas divergências com Bolsonaro. Marcos Rogério e o pelotão de senadores não conseguiram desconstruir as falas de Teich. O oncologista explicou os motivos pelos quais pediu demissão, falou sobre a recomendação pelo governo de medicamentos ineficazes contra o coronavírus e a falta de uma política de distanciamento social; e fez avaliações sobre a condução da pandemia pelo Executivo.

 

Outra situação que Marcos Rogério é os senadores governistas não conseguiram desconstruir são as falas de Mandetta à CPI: “A impressão que eu tenho é que era alguma coisa nesse sentido [de buscar a imunidade de rebanho], o principal convencimento, mas eu não posso afirmar”, afirmou o ex-ministro, que também afirmou que Bolsonaro tinha outro aconselhamento sobre a pandemia que não vinha do ministério da saúde.

 

Mandetta aproveitou da CPI e entregou uma carta dele a Bolsonaro com previsões e alertas sobre pandemia.

 

Mais uma vez o senador Marcos Rogério não conseguiu desconstruir.

 

Enquanto a oposição se fortalece na CPI a cada depoimento, o senador Marcos Rogério tenta criar em suas Redes Sociais que as suas ações estão protegendo o Presidente. O tempo, digo os próximos capítulos da CPI mostrará que não!

 

Fonte: Victoria Bacon

** Este conteúdo não expressa ,necessariamente, a opinião do PORTALP1