Boletim de ocorrência foi registrado como feminicídio, mas durante as investigações surgiram indícios que a mulher pode ter sido vítima de um acidente de trânsito.
Uma jovem de 24 anos foi encontrada morta na BR-364, na Zona Rural de Jaci-Paraná, distrito de Porto Velho, na segunda-feira (26). O caso foi inicialmente registrado como feminicídio.
Segundo informações dos policiais que encontraram o corpo após denúncias de moradores, a jovem apresentava lesões graves visíveis no quadril, abdômen e cabeça. De acordo com os agentes, a blusa da vítima estava levantada e a calça jeans estava aberta, indicando que a moça poderia ter sido vítima de abusos sexuais.
Após encontrarem o corpo, os policiais dizem que um homem, de 37 anos, chegou no local e afirmou ser namorado da vítima. Por apresentar “calma e frieza” e arranhões no rosto, os PMs desconfiaram do homem. Ele foi levado para a delegacia para ser ouvido.
Conforme registrado em boletim de ocorrência, o suspeito foi perguntado quando foi a última vez que viu a vítima com vida. Ele respondeu que havia saído com ela na noite anterior para um bar e pizzaria. Depois, retornando para casa, a mulher teria pedido para que ele parasse a motocicleta, pois ela não estava passando bem e queria vomitar.
Ele argumentou que ambos permaneceram parados na estrada por cerca de uma hora, então ele chamou para ir embora, ela não quis e eles começaram uma briga.
Ainda no depoimento, ele comentou que minutos depois parou um caminhão boiadeiro próximo a eles e a namorada entrou no veículo junto com dois homens. Ele diz que essa foi a última vez que viu a vítima.
Porém o homem apresentou versões diferentes da história ao explicar os arranhões nele. Uma hora disse que a vítima que o arranhou durante a briga e depois afirmou que estava roçando um local quando se feriu.
Além disso, a bota dele aparentava estar suja com sangue, ele informou que era sangue de galinha que tinha matado anteriormente.
Por causa das contradições foi dada voz de prisão ao suspeito.
Após perícia e necropsia no corpo da vítima, o delegado Pedro Henrique Palharini Bastos, apontou uma segunda possível linha de investigação para o caso, pois as lesões no corpo da jovem indicam que ela foi arrastada no asfalto e a causa da morte foi decorrente de um impacto.
Como próximo ao corpo havia pedaços de um veículo, como um retrovisor, por exemplo, a polícia não descarta a possibilidade que a jovem poderia ter sido atropelada.
O caso segue em investigação. Segundo informado pelo delegado, o namorado da vítima continua preso devido a “fundada suspeita contra ele”.
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