As equipes da da DRACO, DERFRVA e DECCV cumprem mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal desta Comarca, sendo seis em residências e um em empresa de venda e aluguel de veículos, todas em Porto Velho.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) em parceria com a Delegacia Especializada de Repressão aos Furtos e Roubos de Veículos Automotores – DERFRVA, deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) a Operação Akhav, para cumprir mandados de prisões e apreensões envolvendo esquema de financiamento na capital de Rondônia.
Segundo informações da assessoria, as equipes da da DRACO, DERFRVA e DECCV cumprem mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal desta Comarca, sendo seis em residências e um em empresa de venda e aluguel de veículos, todas em Porto Velho.
As investigações duraram três meses e tiveram início a partir de uma denúncia anônima, recebida no disque 197 da Polícia Civil, informando da atuação de um grupo criminoso especializado em um esquema de estelionato praticado para fins de aquisição de veículos em uma concessionária desta capital.
As investigações do SEVIC da DRACO confirmaram os fatos narrados na denúncia, chegando, inclusive, a identificar várias pessoas que teriam servido como laranjas para aquisição de veículos.
Os estelionatários cooptavam, em sua maioria, egressos do sistema penitenciário, que forneciam documentação necessária para a viabilização dos contratos de financiamento. Após retirar o veículo da concessionária, o laranja recebia sua contrapartida, variando de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00, e imediatamente repassava o veículo para membros do grupo criminoso mediante procuração registrada em Cartório.
No início das investigações constatou-se ainda a prática de outros crimes, conexos ao esquema de estelionato, já que os “veículos finan” estariam sendo deliberadamente fornecidos para outros criminosos os utilizarem em furtos e roubos ocorridos em nossa capital e outras localidades.
De início, acreditava-se que o aperfeiçoamento do esquema criminoso invariavelmente dependeria da participação de uma pessoa responsável pela “preparação” dos documentos para aprovação do financiamento em nome dos laranjas apresentados pela dupla para aquisição de carros.
Entretanto, com a evolução da investigação, comprovou-se que, na verdade, os criminosos apenas se aproveitavam da fragilidade das próprias instituições financeiras quando da exigência de documentos para fins de financiamento de veículos automotores.
Já foram identificados mais de 100 (cem) veículos, adquiridos, de forma fraudulenta, em quase todas das concessionárias desta capital.
Segundo a Polícia Civil, apesar de em um primeiro momento, figurarem as instituições financeiras como vítimas imediatas dos golpes, a sociedade também é lesada, seja pelo desequilíbrio no mercado de venda e aluguéis de veículos, já que os criminosos se locupletariam sem arcar como os custos naturais – e legais – desse ramo do comércio, bem como pelos crimes patrimoniais praticados por criminosos com a auxílio material dos investigados, que alugavam os automóveis para que outros criminosos praticassem roubos e furtos em diversas localidades.
Entre os alvos desta fase da investigação, figuram a dupla de criminosos JAMES F.S. e RAILTON L.S.A que já foram presos e indiciados na “Operação Apocalipse”, deflagrada, em 2013, pelo extinto GCCO/PC/RO. Entre os diversos crimes descobertos na época, foi apurado um esquema milionário de estelionato envolvendo aquisição, dentre outros bens, de imóveis e veículos automotores.
A denominação da operação remete à história de Jacó, em hebraico Yaakhov, que vem do verbo akhav, que significa “suplantar”, “tomar pelo calcanhar”. No dicionário Aurélio, por sua vez, define “suplantar” como “meter debaixo dos pés, prostrar, levar vantagem”.
Fonte:Rondoniavivo
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