O ano era de 1981 quando Rondônia foi elevado à categoria de Estado, mesmo período que vivia um intenso crescimento, tornando-se uma necessidade a realização de seu anseio. Por essa razão, por intermédio da Lei Complementar nº 41, o Estado foi criado, completando, nesta terça-feira (22), 39 anos de “a mais nova estrela no azul da União”. O aniversário é marcado por espetaculares histórias sobre o crescimento e amplo desenvolvimento de Rondônia que já era conhecido em nível nacional e internacional graças ao ciclo do ouro, borracha, entre outros.
Na década de 1970, o Brasil e o mundo passavam por uma crise econômica, mas Rondônia estava em ascensão. O desenvolvimento acelerado ameaçava fugir ao controle do Ministério do Interior, então o ministro da época levou o nome do governador Jorge Teixeira de Oliveira para ser o governador do, ainda, Território. Sobretudo, incumbiu-o para que preparasse toda infraestrutura administrativa, econômica e política visando a transformação do território em Estado e, em pouco tempo, toda a estrutura necessária foi criada.
De início, Porto Velho pertencia ao Estado do Amazonas e Guajará-Mirim ao Estado do Mato Grosso. Na época, quando ainda era Território de Rondônia, a área foi subdividida em cinco municípios (Cacoal, Ariquemes, Ji-Paraná, Pimenta Bueno e Vilhena) com o desmembramento dos dois municípios de origem. Mas em 1981, com a criação do Estado, surgiram mais cinco novos municípios (Colorado do Oeste, Espigão do Oeste, Presidente Médici, Ouro Preto do Oeste e Costa Marques).
É importante lembrar que o aniversário de instalação do Estado ocorreu apenas em 4 de janeiro, data marcada pela posse, em 1982, do governador, coronel Jorge Teixeira de Oliveira. Uma das razões foi porque durante o lançamento da criação, os deputados do Território Federal de Rondônia e demais autoridades estavam em recesso de fim de ano, portanto, a instalação apenas ocorreu no dia 4 de janeiro.
A luta pela criação do Estado de Rondônia começou com o surgimento da Lei nº 411, em 1969, que estruturou os territórios federais. Naquele tempo, muitos deputados despertaram, aos poucos, o anseio pela criação, contagiando a outros políticos. Entretanto, o governo federal via com dificuldade a transição à administração própria, pois uma vez que torna-se uma unidade federativa o recurso tão desejado, teria uma divisão maior.
Ao se transformar em Estado, Rondônia precisaria ter uma Casa de Lei (Assembleia Legislativa do Estado e câmara de vereador em cada cidade), ou melhor, teria que compor uma estrutura política e organizada e também passaria a pagar o salário de seus funcionários.
É importante relembrar que Rondônia teve origem a partir da BR-364, que era um caminho de linha do telégrafo, conhecida de estradas de Rondon. Inclusive, é o único estado brasileiro com um nome de um homem cujo personagem pertence à história da Amazônia e do próprio país. O Estado homenageia Marechal Cândido Rondon, expedicionário e patrono das comunicações, uma vez que Rondon foi responsável pelo grupo que fazia pesquisa topográfica a fim de demarcar estradas e realizava instalação de postes de linha telegráfica.
Mas, nesta data especial, em meio à pandemia, Rondônia exala esperança e, com sua história, relembra o quanto é motivo de orgulho pertencer a este Estado. Cumpre ressaltar, semelhante ao início, que Rondônia continua avançando no desenvolvimento e, com a atual gestão, tem permanecido em posição de destaque, sendo modelo exemplo para outras unidades federativas.
Para quem tem interesse em saber mais sobre a criação do Estado de Rondônia, o canal da Mediação Tecnológica do Estado de Rondônia disponibiliza uma aula completa (https://www.youtube.com/watch?v=surBY2OXQUk) sobre assunto com quase 40 minutos, comandado pelo professor Thalles Gomes e Heddlah Moraes. É importante que todos os rondonienses conheçam a história de criação do seu Estado, bem como repliquem a bela narrativa às outras pessoas.
Fonte
Texto: Emanuelle Pontes
Fotos: Daiane Mendonça
Secom – Governo de Rondônia
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