Um secretário de São Miguel do Guaporé também participava do esquema, diz a Polícia Civil. Operação Praticanos visa desarticular esquema criminoso.
Três integrantes de uma facção criminosa foram presos, nesta terça-feira (25), durante a Operação ‘Praticanos’, da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Segundo investigação, o grupo — composto por servidores da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental — , atuava na prática de delitos de corrupção passiva, crimes contra o meio ambiente e contra a administração ambiental.
De acordo com o que foi levantado na Operação Praticanos, o esquema criminoso consistia na utilização indevida dos cargos públicos para obtenção de vantagens ilícitas de empresários. O objetivo era facilitar e acobertar delitos contra o meio ambiente.
“Os servidores públicos, tanto lotados nos escritórios regionais da Sedam quanto um secretário municipal de São Miguel do Guaporé se passavam por agentes ambientais de fiscalização para exigir e solicitar valores dos empresários e proprietários rurais, atemorizando-os de serem autuados administrativamente com multas, embargos às atividades e denúncias a outros órgãos ambientais, como o Ibama”, diz a polícia.
Além das três prisões, a polícia cumpre seis medidas cautelares de afastamento da função pública e dez mandados de busca e apreensão, nas cidades de Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura, Mirante da Serra e São Miguel do Guaporé, em desfavor de servidores públicos e empresários.
O que diz a Sedam?
Em nota à imprensa, a Sedam esclareceu que não “coaduna com atos ilícitos e que ciente dos indícios de corrupção por parte dos servidores que foram alvo da operação”.
A pasta afirma ter colaborado com o cumprimento das medidas, franqueando acesso da Polícia Civil aos documentos e assentamentos da Sedam, “estando à disposição da polícia judiciária, bem como os órgãos de controle com a colaboração de todas as informações necessárias para o andamento das investigações”.
Operação Publicanos
Segundo a Polícia Civil, o nome da Operação remete aos cobradores de impostos do Império Romano. Os publicanos cobravam e enriqueciam à custa da miséria do povo, sendo desprezados pela corrupção praticada.
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