O esposo de uma moradora de Jaru (RO) que preferiu não se identificar procurou a redação do Portal P1 para divulgar uma situação de atraso na perícia do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Segundo ele, o atraso dura há quase cinco meses.
O homem contou à redação que sua esposa deu entrada no auxílio-doença no INSS no começo deste ano. Na época, a perícia chegou a ser agendada, mas foi remarcada devido à pandemia do novo coronavírus. Mesmo com a remarcação presencial, ele afirma que a esposa não realizou o exame no local e horário previstos porque o perito “não estaria atendendo naquele dia”. Na ocasião, ela também foi orientada a apresentar sua documentação via internet em um site oficial e aguardar o agendamento da perícia home office (feita em casa).
De acordo com o esposo, a mulher seguiu todas as recomendações, mesmo com as dificuldades do agendamento online, e conseguiu marcar uma perícia home office para o dia seis de maio. No entanto, o exame ainda hoje não foi realizado e ela aguarda a aprovação da documentação. “Até agora não foi feita análise nenhuma. Se você entrar no site, vai ver que está em análise. Do início do ano até agora ela não está recebendo salário, não pode voltar para a empresa, não pode pedir demissão e não pode procurar outro emprego. Ela está amarrada no INSS e o perito não deu a resposta”, critica.
Ele disse ter entrado em contato com funcionários do INSS para discutir sobre essa situação e recebeu a informação de que o sistema online é distribuído a nível nacional. Por isso, sua esposa pode ser avaliada por um perito de Jaru ou de qualquer outra localidade do país – o sistema é quem determina. Na unidade do Instituto do Seguro Social de Jaru, os funcionários dizem que apenas orientam e apoiam os processos individualmente como podem em meio à pandemia.
“Está todo mundo falando da dificuldade de receber os seiscentos reais [do auxílio emergencial] da Covid-19. E os beneficiários do INSS que estão nessa situação? Até quando a minha esposa vai ficar aguardando esse perito analisar?”, questiona.
Ele acredita que outros auxílios – como o maternidade, o de reclusão e de acidente – de mais pessoas também podem estar comprometidos.
Jornal Eletrônico PortalP1
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