“Eles anunciaram ontem em uma reunião conosco mais 400 a 500 demissões em várias áreas”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Siderúrgicos de Santos e Região, Florêncio Rezende de Sá. “Desde janeiro para cá, (as demissões) já passaram de 2.400”, acrescentou Sá.
Procurada, a Usiminas não confirmou o número de cortes, mas afirmou que “está adequando o quadro de pessoal da usina de Cubatão à realidade do mercado brasileiro de aço, em função do agravamento da crise de demanda”.
A empresa afirmou que procurou sindicatos para “negociar benefícios extras para reduzir o impacto social da medida. No entanto, o sindicato dos metalúrgicos recusou-se a discutir o tema, enquanto o sindicato dos engenheiros concordou em continuar o diálogo”.
Sá afirmou que o sindicato vai avaliar ações políticas da entidade contra os novos cortes, que segundo ele, já começaram. Segundo ele, a Usiminas informou que os novos cortes devem ser realizados até 15 de julho.
Nessa época, a Usiminas espera estar concluindo o processo de refinanciamento de dívidas de cerca de 7 bilhões de reais com credores brasileiros e internacionais, em um processo que inclui um aumento de capital de 1 bilhão de reais e venda de ativos.
Segundo Sá, a Usiminas laminou volume baixo de aço em maio, cerca de 40 mil toneladas, mas informou que pretende ampliar esse volume para cerca de 120 mil toneladas a partir da próxima semana, usando para isso aço comprado da rival Companhia Siderúrgica do Atlântico, instalada no Rio de Janeiro e controlada pelo grupo ThyssenKrupp.
De janeiro a maio, as vendas de aço no Brasil caíram 18,4 por cento sobre o mesmo período do ano passado, para 6,7 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Aço Brasil, que projeta uma queda de 10 por cento nas vendas em 2016.
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