Medida foi negada pelo ministro Edson Fachin, relator do caso na Corte
BRASÍLIA – A Polícia Federal pediu mas foi negado pelo ministro Edson Fachin , do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão temporária da ex-presidente Dilma Rousseff, do ex-ministro Guido Mantega , do ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Regô , do ex-senador Eunício de Oliveira (MDB-CE) e outros seis investigados a partir da delação da JBS. A PF encaminhou o pedido em junho deste ano.
A ex-presidente foi intimada, na manhã desta terça-feira, a prestar esclarecimentos sobre o caso. Um delegado foi até a residência de Dilma em Porto Alegre e entregou a intimação.
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A Polícia Federal investiga supostos repasses de aproximadamente R$ 40 milhões para senadores e ex-senadores do PMDB durante a campanha de 2014. O dinheiro seria uma forma de consolidar o compromisso do grupo com a campanha que levou à reeleição da ex-presidente.
Procurada pelo GLOBO, a ex-presidente confirmou, por intermédio de sua assessoria, a intimação. Mas não quis dar declarações porque não conhece o conteúdo das acusações em apuração pela polícia.
As investigações tiveram origem na delação de executivos da J&F, controladora da JBS . Os senadores teriam recebido recursos da empresa durante a campanha de 2014. Pedidos de busca foram feitos pela Procuradoria-Geral da República e autorizados por Fachin.
Ação da PF
Nesta terça-feira, a PF realizou busca e apreensão em endereços de empresários e supostos laranjas de ligados a pelo menos seis senadores e ex-senadores do MDB suspeitos de receberem propina da JBS. Entre os alvos da investigação estão o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e os senadores Jader Barbalho (PA) e Eduardo Braga (AM).
Os senadores e ex-senadores foram alvos de intimação. Renan Calheiros deveria depor ainda nesta terça-feira. Mas como está em Alagoas pediu, por intermédio do advogado, para prestar esclarecimentos em outra data ainda não definida.
— O senador nunca se negou a colaborar com qualquer investigação. Ele está a disposição da Justiça. Só não confirmamos o depoimento para hoje porque ele não está em Brasília — disse o advogado Luis Henrique Machado. O advogado reafirmou, em nota, que o senador não é alvo de mandados de busca.
Também através de nota, os advogados de Eduardo Braga reiteraram que o senador está à disposição para colaborar com as investigações.
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