Escola Municipal se destaca em projeto sustentável na produção de papel com fibra de bananeira

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SEMED de Ariquemes acompanhou oficina de produção com os alunos do 9° Ano do Ensino Fundamental da Escola Mafalda Rodrigues.

Foto: Divulgação

 

Um projeto de desenvolvimento sustentável tornou-se um dos destaques da Escola Municipal Mafalda Rodrigues, em Ariquemes. A oficina com os alunos do 9° Ano do Ensino Fundamental produz papel a partir da celulose extraída do tronco da bananeira, levando para a comunidade uma nova forma de reciclagem. Tudo iniciou após um curso promovido pela Prefeitura de Ariquemes, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) aos pais e funcionários da comunidade escolar.

Um dos idealizadores do projeto foi o professor e ex-diretor da instituição, Rony Von de Jesus Santos, o qual queria mostrar para a comunidade que não era apenas o cacho de bananas que poderia ser objeto de renda e buscou a capacitação com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR)

“A ideia era de ter uma escola sustentável e a gente fez a capacitação para os pais e alguns funcionários, para que a gente fizesse o reaproveitamento do pseudocaule da bananeira. Depois começamos a produzir o artesanato, para que pudéssemos girar recursos e gerar novas capacitações. A partir daí, todo o foco acabou sendo no papel da bananeira e conseguirmos virar referência na cidade. Onde tinha algum evento a escola era convidada para expor os produtos”, destacou.

O projeto deu tão certo, que chamou a atenção de uma empresa privada de consultoria ambiental do Rio de Janeiro, que se interessaram pelo material e se propuseram a patrocinar uma nova oficina para os alunos e comunidade. Toda a cadeia de produção, desde a matéria-prima ao papel finalizado, irá virar um livro com imagens ilustrativas.

Para a diretora da escola, Silvana Inês Casagrande, a proposta do material paradidático tem o objetivo principal de nortear o trabalho em sala de aula, partindo do tema gerador da produção de papel artesanal extraído da fibra de bananeira.

“Buscamos despertar no aluno a curiosidade, o espírito investigador, questionador e transformador da realidade, buscando possibilidades para resolver problemas de sua vida. O tema é interessante quando surge na realidade escolar, pois envolve os alunos a trabalharem os conceitos científicos durante cada passo do processo de produção do papel artesanal. Com esse trabalho também é possível relacionar situações reais a conceitos mais abstratos que os ajudem na compreensão da realidade”, enfatizou a diretora.



A Secretária da SEMED de Ariquemes, Cleuzeni Maria de Jesus parabenizou a Escola Mafalda Rodrigues pelo desenvolvimento da ação aos alunos e novas oficinas devem ser realizadas na instituição com o objetivo de ampliar o projeto.

PRODUÇÃO DO PAPEL ARTESANAL

O procedimento de produção inicia com o corte do tronco em pequenos pedaços. Em seguida, eles são cozidos e batidos em um liquidificador. Depois, a mistura é levada para o descanso, onde são adicionados alguns produtos químicos para ajudar na liga do material ou ainda dar coloração.

Posteriormente, a mistura é aplicada em uma tela e é levada ao sol para secar. Por fim, basta retirar o produto da tela com o auxílio de uma espátula ou régua, que o papel já está pronto para colocar a criatividade em prática.

 

Fonte: Comunicação PMA

Foto: Arquivo PMA