Morte de mergulhador eleva drama de resgate de meninos na Tailândia

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Grupo está preso há 13 dias em caverna inundada. Queda dos níveis de oxigênio e previsão de chuvas aumentam riscos da operação.

A morte de um mergulhador que atuava no resgate dos meninos que estão presos em uma caverna inundada na Tailândia elevou o drama da situação e acelerou a corrida contra o tempo das equipes envolvidas na operação.

Saman Kunan, de 38 anos, morreu na quinta-feira (5) depois de ficar sem oxigênio quando retornava à entrada da caverna. Ele havia levado suprimentos para o grupo, que está preso desde o dia 23 de junho e foi encontrado em 2 de julho por uma dupla de mergulhadores britânicos.

“Apesar de termos perdido um homem, seguimos com fé em nossa missão”, disse o oficial da Marinha Apakorn Yookongkaew, um dos coordenadores do resgate.

A morte de um mergulhador experiente deixa ainda mais evidentes os riscos da operação. O mergulhador era ex-integrante do grupo de elite da Marinha e tinha se voluntariado a participar do resgate.

A princípio, pensávamos que as crianças poderiam ficar lá por muito tempo, mas a situação mudou e, agora, nos resta um tempo limitado. Apakorn Yookongkaew, oficial da Marinha.



Na caverna, estão presos 12 garotos com idades entre 11 e 16 anos e o técnico do time de futebol, de 25 anos. Todos terão que aprender noções básicas de mergulho para atravessar um trecho inundado de cerca de 4 km.

O grupo explorava uma das cavernas do complexo de Tham Luang, no norte do país, quando uma tempestade alagou parte do local e bloqueou a saída principal.

De acordo com informações da BBC, o nível de oxigênio na cavidade onde estão os garotos caiu para 15%, sendo que o normal é 21%. As autoridades trabalham, agora, na instalação de um cabo que vai levar oxigênio ao grupo.

Além dessa preocupação, há apreensão com a possibilidade de chuvas fortes no próximo domingo (8).

“A princípio, pensávamos que as crianças poderiam ficar lá por muito tempo, mas a situação mudou e, agora, nos resta um tempo limitado”, disse o oficial Yookongkaew.

 

O desafio, portanto, é colocar em prática uma estratégia que garanta a segurança do grupo.

As equipes têm trabalhado para escoar água para fora da caverna, mas se essa operação não permitir deslocamento a pé ou nadando, só restarão alternativas bastante arriscadas: ensinar os meninos a mergulhar com cilindro de oxigênio; aguardar meses até o fim da temporada de chuvas; ou, ainda, perfurar uma cavidade na caverna para que os garotos sejam resgatados de helicóptero.