O diretor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Procurador de Justiça Cláudio Wolff Harger; o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de Rondônia, Samir Fouad Abboud e o Procurador do Ministério Público de Contas, Adilson Moreira de Medeiras, concederam entrevista coletiva para explicar os alvos da segunda fase da Operação Pau Oco, denominada Teste de Sabre.
Na operação, desencadeada na manhã desta sexta-feira (12/4), foram cumpridos oito mandados de prisões preventivas e 45 mandados de busca e apreensão, envolvendo cerca de 225 policiais civis, integrantes do GAECO e da 14ª Promotoria de Justiça (Curadoria do Meio Ambiente) do Ministério Público do Estado de Rondônia, e do Ministério Público de Contas.
O diretor do GAECO, Cláudio Wolff Harger, explicou que o esquema consistia na emissão de autorização fraudulentas para exploração de madeira em áreas de conservação, envolvendo segmentos da administração pública, resultando em evasão fiscal e devastação das áreas de conservação. “Esquentada, a madeira ia para madeireiras para serem exportadas e, para manter esse mecanismo, havia circulação de propina.”, explicou Cláudio Wolff Harger.
O diretor do GAECO acrescentou que assim como na primeira fase da operação, deflagrada em novembro de 2018, o Ministério Público do Estado de Rondônia deu apoio à Polícia Civil e continuará dando apoio. “Nossa equipe do GAECO, constituída também de delegados e policiais civis, participou do esforço da investigação, com cinco promotores, apoiado também pelo Ministério Público do Tribunal de Contas. Com esse trabalho, estamos conseguindo debelar essa organização”, acentuou o diretor do GAECO.
Cláudio Wolff Harger ressaltou que não há como se afirmar que o esquema teve a participação do ex-governador Daniel Pereira, mas confirmou que houve mandando de busca e apreensão na casa do ex-governador.
O Procurador do Ministério Público de Conta, Adilson Medeiros, explicou que o trabalho do Ministério Público de Contas se deu a título de colaboração à Polícia Civil e ao Ministério Público do Estado de Rondônia, para fazer as investigações de forma não insular, mas compartilhada. “A participação nossa se deu na seleção de quais documentos deveriam ser colhidos, de modo que essa busca seja mais seletiva e mais eficiente. E, posteriormente, na análise desses documentos, poderemos até quantificar os danos que o erário pode ter sofrido”, salientou Adilson Medeiros.
Fonte: Ascom MPRO
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