Doença é transmitida ao homem no momento da ordenha. Idaron vai fazer ação em parceria com secretaria de saúde.
Trinta casos de varíola bovina foram registrados em humanos na cidade de Ouro Preto do Oeste (RO) no mês de janeiro deste ano, na Região Central do estado. Os casos foram confirmados na terça-feira (5) pela Secretaria Municipal de Saúde.
Ainda segundo a Secretaria, nos últimos três meses foram registrados mais de 50 casos de contaminação pela doença somente em humanos.
A varíola bovina é caracterizada por lesões no úbere das vacas e na boca dos bezerros que mamam em animais doentes. A doença é causada por um vírus e transmitida ao homem após contato com as feridas do animal, onde provoca lesões nas mãos, braço e antebraço humano.
A transmissão desta enfermidade entre os animais ocorre, principalmente, através das mãos dos produtores rurais. Segundo autoridades em saúde, as feridas provocadas pela varíola podem demorar meses para cicatrizar, tanto no homem quanto no animal .
Diante desse quadro, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) está planejando ações integradas entre as secretarias de saúde. A ideia é tentar conter um possível surto da varíola em Ouro Preto do Oeste e na região.
“Vamos trabalhar em parceria para diagnosticar os casos e agirmos. Nas propriedades com estes problemas, a gente recomenda que os donos busquem a Idaron para repassarmos a forma de tratamento dos animais. Recomendamos ainda que os produtores, antes de ordenhar os animais, sempre façam a higiene e os mantenham em quarentena, quando vindo de outras propriedades ”, destacou o agente fiscal da Idaron na cidade, Jean Ramos.
A Secretaria de Saúde também está adotando medidas no combate da doença.
“Várias equipes estão se deslocando para unidades de saúde a fim de orientar os médicos, os técnicos de enfermagem e os agentes de saúde. No dia 21 deste mês de fevereiro nós vamos fazer uma reunião com todos os agentes de saúde para colhermos mais informações”, destacou o secretário de saúde de Ouro Preto do Oeste, Cristiano Ramos.
Riscos e tratamento
A pessoa infectada com a doença não corre risco de morrer. Além das lesões ocasionadas pelo contato com o animal, o humano infectado pode sofrer fortes dores de cabeça, corpo e febre alta durante três dias.
Quem tiver com esses sintomas deve procurar rapidamente um posto de saúde para ser medicado.
Fonte:Por Gedeon Miranda, G1 Ji-Paraná e Região Central
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