Conforme informações do DNIT, o Posto de Pesagem de Veículos, localizado nas imediações do Município de Ouro Preto do Oeste, distante pouco mais de 330 quilômetros de Porto Velho, está desativado há 4 anos e caminhões trafegam pela via pública sem a devida fiscalização.
Inaugurado em 1985 e desativado em 2014, em atendimento à decisão judicial trabalhista, o Posto de Pesagem de Veículos era o único que atendia as seis rodovias federais que cortam o Estado de Rondônia, o que corresponde a mais de dois mil quilômetros de estradas.
O local que deveria dispensar mais um serviço à população rondoniense, segundo pessoas que residem nas proximidades, hoje está totalmente depredado, e serve apenas de alvo para vândalos, “abrigo” para usuários de drogas e esconderijo de bandidos.
Considera-se que pelo menos 1,5 mil caminhões carregados passam diariamente pela balança desativada, e a falta de fiscalização resulta, entre outros, na deterioração rápida da massa asfáltica, pois sem a devida fiscalização, o peso dessas cargas muitas vezes ultrapassam o limite permitido.
Atualmente o DNIT dispõe de duas balanças móveis que fazem a fiscalização, sendo uma no Município de Ji Paraná e outra em Pimenta Bueno. “Estamos pesando em média 70 caminhões por dia, desses pelo menos 10 sofrem autuações”. Afirmou o Diretor interino do DNIT, Sebastião Carlos.
O diretor ainda frisou que a circulação de cargas acima do peso máximo permitido pode danificar as rodovias e colocar em risco a vida dos motoristas e de outros transeuntes. “O veículo com excesso de peso causa danos na capa asfáltica. Isso acaba sendo um risco à segurança de todo mundo que está transitando pela via, já que o excesso de peso vai aumentar a distância que o veículo consegue parar e isso dificulta a dirigibilidade”, comentou Sebastião.
Em entrevista ao G1 caminhoneiros afirmaram que uma das maiores dificuldades que enfrentam nas rodovias federais de Rondônia é a quantidade elevada de buracos na pista.
O caminhoneiro Leonardo Luiz Estefanelo concedeu entrevista ao G1, e na ocasião afirmou: “Têm muitos buracos na rodovia. Nós temos que redobrar os cuidados para evitarmos acidentes, eles arrumam e no prazo máximo de três meses, os buracos estão abertos de novo. Eu ando sempre dentro do limite de peso que a lei permite. Não são os caminhoneiros que andam acima do peso, mas sim a qualidade do asfalto que é muito ruim”,
Na opinião de Gilmar Dornelis, também caminhoneiro, as condições das rodovias provocam atrasos na entrega das mercadorias. “Isso atrapalha muito nosso trabalho. Os buracos acabam danificando nossos caminhões e nos deixando na mão muitas vezes. Em minhas viagens, sempre ando dentro do limite do peso para não prejudicar ainda mais a rodovia”, afirmação essa, também feita ao G1.
O Diretor do DNIT finalizou dizendo que o posto de pesagem de Ouro Preto do Oeste foi fechado após uma decisão judicial trabalhista, mas que, nos próximos dias, estará recebendo serviços de reforma para que a balança volte a funcionar, e que 70 postos de pesagens localizados em rodovias federais brasileiras foram fechados.
O Site G1 publicou a matéria em primeira mão, e confirmada pelo Portal P1.
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