A Prefeitura de Porto Velho e o descaso e a omissão com os cães e gatos abandonados nas ruas

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A Prefeitura de Porto Velo e o descaso e a omissão com os cães e gatos abandonados nas ruas

 

Nesta sexta-feira, 04 de abril, a data foi escolhida para conscientizar a sociedade do abandono de animais, porém em Porto Velho, além da importância da data, precisamos ressaltar o abandono da Prefeitura com os nossos pets.

 

Diariamente os porto velhenses têm de se deparar com cães abandonados nas ruas da capital. Infelizmente, famílias estão descartando seus pets por não terem condições financeiras para arcar com as responsabilidades de se manter um animal doméstico. Para piorar, a Prefeitura de Porto Velho além de não ter um abrigo/lar temporário para cães abandonados, sendo a única capital do Brasil a não disponibilizar de um lar para os nossos anjos de quatro patas, encerrou as atividades com a UPA PET, que fica localizada na Avenida Governador Jorge Teixeira, e era responsável através do apoio financeiro da Prefeitura desde a castração até exames de rotina em cães e gatos. Um absurdo e total falta de respeito com a população carente e com vulnerabilidade social que dependia da UPA PET para salvar a vida dos seus cães e gatos. Aliás, a Prefeitura de Porto Velho sequer possui um Centro de Zoonoses para o cuidado necessário com cães e gatos, o que é um absurdo e um crime ambiental.

 

A omissão e descaso da Prefeitura de Porto Velho em não adotar políticas públicas para os animais em vulnerabilidade e/ou abandonados, representam riscos tanto para o trânsito quanto para a própria segurança deles, já que soltos nas ruas esses pets (cachorros) poderão ser causadores de acidentes diversos, inclusive os de trânsito. O principal objetivo seria o de prevenir acidentes, coibir maus-tratos e conscientizar os proprietários de animais de grande porte sobre suas responsabilidades. Se não fossem as ONGS e protetores de animais voluntários, a situação estaria muito pior em Porto Velho.



 

São milhares de cães abandonados, e todos os dias, há abandono de pets em todas as regiões de Porto Velho. Após a pandemia de 2022, a situação se agravou e tem piorado com o aumento da vulnerabilidade social das famílias que acabam descartando seus pets e filhotes.

 

O animal não escolhe estar na rua. Ele está ali porque alguém o abandonou, ou porque nasceu nesse ambiente, sem assistência. A missão da Prefeitura, enquanto poder público, é o de proteger esses seres e trabalhar para que esse ciclo de abandono seja rompido com responsabilidade e políticas eficazes. Infelizmente, Porto Velho não tem um programa humanitário para o controle populacional dos nossos pets. A Prefeitura de Porto Velho e respectivamente o Prefeito esperam que as ONGs adotem todos os animais abandonados e resolvam os problemas. Mas essa não é uma obrigação da sociedade civil. É, sim, um encargo do poder público.

 

Como, em geral, a Prefeitura de Porto Velho não possui políticas públicas específicas e não promove ações concretas para evitar o abandono e, por consequência, os maus-tratos a animais de rua. A ausência de um abrigo ou lar temporário para os pets de rua resolveria em boa parte essa problemática que a sociedade vê nas ruas, o abandono e a proliferação principalmente de cães. Sequer temos um Centro de Zoonoses, aliás, a única capital do Brasil a não se importar com os anjos de quatro patas. A tutela da saúde e do meio ambiente de cães e gatos abandonados ou em vulnerabilidade está no âmbito de competência do município de Porto Velho, na forma dos artigos 23, inciso II e VI; e 30, inciso I, da Constituição da República.

 

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Fonte: Victoria Angelo Bacon