Há cerca de cem pessoas demarcando terras na reserva.
Esta segunda-feira (28), foi marcada pelo avanço de grileiros em terras indígenas, na região do município de Jorge Teixeira (RO) região do Vale do Jamari. Pela terceira vez seguida em 2019, os índios da etnia Uru-eu-wau-wau, tem suas terras invadidas.
O líder da etnia “Avapô”, foi entrevistado pelos comunicadores Paulo de Tarso e P. Nascimento, que fazem parte da equipe da rádio FM do Povo 94,9 em Jaru (RO), emissora do Sistema Plansol de Comunicação, durante parte do Programa Tribuna do Povo, que vai ao AR AO VIVO das 12h00 às 13h30, de segunda, a sexta-feira.
“Avapô” fez um resumo das invasões e das ameaças sofridas por seu povo. De acordo com ele, num tom intimidador, os grileiros que dantes eram quarenta, agora passam de cem pessoas. Armados com espingardas, foices e até revolveres, os homens disseram ter recebido apoio de pessoas de Jaru para invadir as terras e de um vizinho da reserva, que tem propriedade na área e estaria financiando o movimento.
A Polícia Federal vem investigando desde a primeira invasão, quando um jovem de 22 anos teria sido preso. De acordo com a Delegacia de Ji-Paraná (RO), na região Central, alguns envolvidos já foram identificados, inclusive, dentre eles, responsáveis por associações locais, que incentivaram a invasão das terras indígenas e brevemente serão intimados.
Durante a entrevista, “Avapô” disse que as etnias que ocupam a reserva somam atualmente mais de cinco mil índios e que somente a etnia Uru-eu-wau-wau, tem entre 200 e 300 índios, sendo crianças, jovens, adultos e idosos. Ele também disse que teme pela vida dos seus parentes.
“Avapô” confirmou que há ameaças por parte dos grileiros que já atiram em uma placa da FUNAI, com o objetivo de intimidar os indígenas. O líder indígena leu um texto em que lembrou a luta de velhos caciques para manter a posse da terra e avisou que não irão desistir.
Da Redação Portal P1
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