MP deflagra “Operação Publicano” em Espigão d’Oeste, RO

Publicada em


Foto: MPRO/Reprodução portal p1

 

O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Espigão d’Oeste (RO) e do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou na data de hoje (29/02/2024) a Operação Publicano na cidade de Espigão d’Oeste (RO), com a finalidade de cumprir dois mandados de busca e apreensão, um de afastamento/suspensão do exercício de cargo público e respectivas funções, bem ainda a proibição de aproximar-se de escolas geridas pela Administração Pública estadual e municipal e respectivas Secretarias de Estado e órgãos públicos relacionados ao serviço público de Educação, proibição de contato com alunos, pais, servidores, testemunhas e vítimas indicadas pelo Ministério Público, durante o curso da investigação e respectiva ação penal.



 

O objetivo da operação é instruir Procedimento Investigatório Criminal (PIC) em curso no MPRO, tendo como objeto a apuração da suposta prática dos crimes de corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), concussão (art. 316 do Código Penal), advocacia administrativa (art. 321 do Código Penal), perseguição (art. 147-A do Código Penal), coação no curso do processo (art. 344 do Código Penal), violência psicológica (art. 147-B do Código Penal) e ameaça (art. 147 do Código Penal), além de eventuais atos de improbidade administrativa que importam em enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e atentam contra os princípios da administração pública.

 

O nome atribuído à operação é uma referência à figura responsável pela coleta e cobrança de impostos nas províncias na Roma Antiga que, por vezes, dizendo agir em nome do Império, oprimia e extorquia as vítimas exigindo-lhes bens e valores que findavam apropriados, atitude semelhante ao modo de atuação utilizado pelo investigado na Operação, pois o agente público afastado do cargo/função atuava com grosseria e opressão contra servidores da educação, alunos e pais de alunos, valendo-se do cargo que ocupava e exigindo “presentes” como condição para atender aos pedidos que lhes eram apresentados por qualquer pessoa que porventura precisasse de seus préstimos funcionais na estrutura educacional pública de Espigão d’Oeste (RO).

 

 

 

Foto: Ministério Público de Rondônia/MPRO