Dia de Campo aborda oportunidades de negócios com a conservação da reserva em bloco

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Foto: Assessoria

 

O potencial da geração de negócios por meio da reserva em bloco foi tema do Dia de Campo realizado no Projeto Fundiário Flor da Selva, em Parecis, RO. O local foi estrategicamente escolhido já que possui uma reserva legal em bloco extremamente conservada de aproximadamente mil hectares que correspondem a 1.400 campos de futebol.

 

A atividade foi desenvolvida pelo Viveiro Cidadão que com o patrocínio da Petrobras tem o intuito de contribuir para a geração de renda a partir dos benefícios da conservação da natureza e de ações de recuperação florestal.

 

Durante o dia foram partilhados conhecimentos e expectativas em relação ao uso dos recursos sustentáveis que existem na reserva.

“O potencial de geração de crédito de carbono foi amplamente discutido durante o encontro, já que pode ser uma das oportunidades de negócios para a comunidade, com benefícios diretos e indiretos”, salientou Marcelo Ferronato, coordenador do Projeto Viveiro Cidadão.

 

E o crédito de carbono foi assunto de muito interesse.



“O Viveiro Cidadão trouxe uma experiência enorme para nós sobre o assunto e sobre a nossa reserva. Então para nós é muito bom […] aqui nós somos 200 famílias e abriu a mente de muita gente”. (Lourival Pires-agricultor)

 

O Projeto Fundiário Flor da Selva tem potencial e vantagem em relação a outras comunidades, porque a floresta está conservada. Outras comunidades que não preservaram a floresta ao longo dos anos, precisam inicialmente passar pelo processo de recuperação das áreas, e isso leva tempo para que as áreas tenham resiliência e se fortaleçam gerando benefícios ambientais.

 

“No caso do Flor da Selva, os serviços ecossistêmicos já estão sendo gerados e essa comunidade tem uma vantagem competitiva em relação a outras comunidades que, infelizmente, não tem mais a floresta conservada. E é isso que vamos buscar daqui para frente, alternativas econômicas para que essa floresta permaneça em pé e que outros processos econômicos e sustentáveis sejam estabelecidos nesse projeto”, ressalta Marcelo Ferronato.

 

Para os agricultores, essa troca de experiência expandiu o conhecimento em relação às oportunidades de geração de renda. Como é o caso da agricultora Geronice Martins, que relatou já produz plantas medicinais para uso doméstico, mas não sabia que o cultivo ao lado da casa poderia ser comercializado.

 

Apesar da reserva em bloco poder ser explorada de forma sustentável, por meio da geração de crédito de carbono, a coleta de sementes e frutos, entre outras opções, o local é coletivo, sendo assim, a integração da comunidade é essencial para o processo.

 

“A gente está dialogando sobre o que fazer coletivamente com essa reserva em bloco, porque é um bem de todos que estão assentados […] e muitas das pessoas não sabem que esse espaço coletivo pode ser planejado de maneira coletiva e gerar renda de maneira coletiva”, ressalta Alessandra Lunas, presidente da Fetagro.

 

 

Fonte: Assessoria