A doação de medula óssea é um ato de solidariedade, podendo ajudar pacientes que têm o transplante como única chance de cura. Na Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Rondônia – Fhemeron, é realizado o cadastro para este procedimento que pode salvar vidas dentro e fora do país.
O transplante de medula óssea é um tratamento indicado para pacientes com doenças de sangue, como leucemia, linfomas e alguns tipos de anemia. É a substituição de células doentes de medula óssea, por células saudáveis. No Brasil, a chance de encontrar medula compatível é de uma em cem mil, por isso, quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances dos pacientes.
Para a gerente de captação de doadores da Fhemeron, Maria Luíza, a doação de medula óssea é de extrema importância para a sociedade.
“A única forma de o paciente continuar com vida é achar um doador compatível, algo que é de um para 100 mil, pois é algo muito difícil. Todos os dias, a Fhemeron está à disposição para realizar o cadastro de doadores de medula óssea. Recebemos diariamente ligações do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea – Redome, para que façamos o chamamento de doadores compatíveis. Toda semana temos entre dois e três pacientes compatíveis, que são convidados para coletar uma nova amostra. Caso esse doador seja selecionado, é muito importante que ele diga sim”, destaca Maria Luíza.
CAMPANHA
No próximo sábado, 5, haverá uma ação promovida pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa, no Parque da Cidade, e a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Rondônia – Fhemeron, estará com servidores para realizar cadastro de novos doadores de medula óssea.
“É muito importante que as pessoas realizem este cadastro e não leva muito tempo. Quanto mais pessoas se cadastrarem, mais chances estaremos dando a esses pacientes”, salienta Maria Luíza.
MEDULA ÓSSEA
É um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, conhecido por tutano. A medula produz os hemocomponentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. Essas células são responsáveis por transportar o oxigênio no caso das hemácias, defender o organismo no caso dos leucócitos e as plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue. Tudo tem origem a partir da medula.
Para Paulo Celestino da Silva, de 31 anos, que é doador de sangue desde 2011, foi selecionado para fazer a doação de medula, após realizar o cadastro em agosto de 2022.
“Fiz o cadastro na Fhemeron e logo depois, recebi o contato do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea – Redome, para eu agendar e realizar um teste no hemocentro. Após o teste, recebi todas as orientações para realizar o procedimento de doação de medula e fui até o Rio de Janeiro”, relata.
O doador disse sim para a doação de células-tronco hematopoéticas e sua doação foi para um paciente que reside fora do Brasil.
“Assim como a doação é importante, a doação de medula também salva vidas. Fico muito feliz em realizar este ato solidário e por ser compatível com o paciente que vai receber estas células-tronco. Que outras pessoas não sintam receio e possam fazer o cadastramento para ser doador de medula”, ressaltou.
QUEM PODE DOAR?
Pessoas que tem entre 18 a 35 anos, que estejam com boas condições de saúde. São retirados 5ml de sangue, como um exame de laboratório, e o doador é cadastrado no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea – Redome, do Instituto Nacional do Câncer – INCA.
Os dados genéticos são cruzados com os dos pacientes que precisam da medula. Se der compatibilidade genética através do exame HLA, a doação pode ser realizada. Porém, para ter compatibilidade, a chance no Brasil é de uma em cem mil e com alguém de outro país de uma em um milhão.
SOBRE O TRANSPLANTE
Se for compatível, o doador é avisado e então passa por exames para constatar que está em boas condições de saúde. O procedimento dura aproximadamente 90 minutos e é aplicada uma anestesia para que o processo seja sem dor. As células de medula são tiradas do osso da bacia e não da espinha, portanto, não tem risco para a coluna.
Fonte
Texto: Richard Neves
Fotos: Ésio Mendes, Ederblandes Ortis e Daiane Mendonça
Secom – Governo de Rondônia
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