Doença Respiratória Bovina e seus desafios no confinamento do gado

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Foto: Divulgação portal p1

A doença, também denominada pneumonia no campo, costuma aumentar a ocorrência nas épocas com menor incidência de chuvas e aumento dos níveis de poeira, pode ter progressão rápida e promove prejuízos relevantes aos pecuaristas quando não tratada de forma adequada 

 

A criação do gado de corte no sistema de confinamento cresce a cada ano no Brasil, sendo um modelo atrativo para o pecuarista por viabilizar maior fluxo de caixa, redução de idade dos animais ao abate, produção de proteína de melhor qualidade, carcaças mais bem acabadas e padronizadas para a comercialização nacional e internacional. A recente redução dos custos dos insumos e da reposição podem ser um atrativo a mais para a adoção do sistema por novos pecuaristas neste ano. 

 

“Diferente do sistema extensivo, onde os animais são criados à pasto, a criação em confinamento demanda mais cuidados com a sanidade do rebanho. É quase inevitável que não aconteça mistura de lotes e animais de origens distintas compartilhando o mesmo espaço, por isso é importante que ocorram vacinações e controle parasitário efetivo assim que os animais chegam da propriedade, além de uma verificação detalhada da saúde de cada animal, para que os doentes sejam isolados e destinados ao tratamento adequado”, conta Marcos Malacco, médico-veterinário gerente de serviços veterinários para bovinos da Ceva Saúde Animal. 

 

Além do nivelamento de status sanitário com protocolos de vacinação e vermifugação adequados, as rondas sanitárias precisam ser mais frequentes e criteriosas nos primeiros 30 a 45 dias de confinamento, observando cuidadosamente o estado geral de cada animal. Este período é de alerta, uma vez que o estresse do transporte, da formação de novos lotes e disputas por hierarquia, do menor espaço individual, e da mudança de dieta podem impactar o sistema imune dos animais, favorecendo a manifestação de determinadas doenças que podem ser fatais se não houver uma rápida intervenção. 

 

“De todas as doenças que precisam estar no radar quando falamos de confinamento de gado, a DRB (Doença Respiratória Bovina) é uma das mais relevantes, especialmente nesta época do ano, onde temos poucas chuvas na maior parte do país e uma maior amplitude térmica. O excesso de poeira e a formação de gases tóxicos, como a amônia produzida pelo acúmulo de urina, fezes e alimentos fermentados, promovem a irritação das vias aéreas superiores dos bovinos, prejudicando a imunidade local e favorecendo a ocorrência da doença”, alerta Malacco. 

 

O médico-veterinário explica que a DRB é multifatorial e que a queda de imunidade favorece a proliferação de diversos agentes infecciosos oportunistas, incluindo bactérias, que habitam normalmente o trato respiratório superior dos bovinos.  A proliferação e a migração destas bactérias para os pulmões desencadeiam um quadro inflamatório local, agravado pela produção de toxinas bacterianas, culminando com um quadro de rápida progressão e fatal para o animal. 



 

Os prejuízos causados pela DRB no confinamento vão além da perda dos animais, ocorrendo um comprometimento no desempenho geral daqueles que não progridem ao óbito. Nestes casos, o ganho de peso médio diário (GMD) é severamente comprometido, demandando um maior tempo de confinamento para alcançar o peso desejado ao abate, tendo um menor rendimento de carcaça e uma pior qualidade. Este fato ocorre especialmente quando o quadro inflamatório, normalmente estabelecido nos pulmões, não é convenientemente tratado. 

 

“O papel das rondas sanitárias é importante para detectar precocemente um animal que apresenta muito cansaço, relutância em caminhar, tosse e espirros, depressão (cabeça baixa, orelhas baixas, olhar triste, não responde prontamente a estímulos externos com sons, etc.), lacrimejamento e corrimento nasal. Outro indicativo que pode ser importante para essa triagem são animais que apresentam “olhos fundos”, bem característico de desidratação.  

 

Os animais com suspeita de DRB devem ser tratados o mais rapidamente quanto possível, ou seja, no início da doença, a fim de se evitar danos pulmonares severos provocados por inflamação, que podem levar o animais ao óbito rapidamente. Obviamente no tratamento deveremos realizar o controle da inflamação e da infecção de forma rápida e efetiva, através do emprego de formulações que exerçam o controle por no mínimo 3 dias em dose única. No caso de não usarmos formulação com essa característica, devermos continuar o tratamento por pelo menos 3 dias”, reforça o profissional. 

 

A melhor opção de para o tratamento contra a DRB no rebanho confinado é feita com Zeleris®, primeira e única associação do florfenicol, potente antibiótico de amplo espectro contra as principais bactérias envolvidas na DRB, e do meloxicam, anti-inflamatório não esteroidal inibidor preferencial da COX-2 (a principal enzima envolvida nos processos de inflamação). Através de sua aplicação única, subcutânea, o Zeleris® atua contra os principais agentes bacterianos da DRB e combate o processo inflamatório por até 3 dias. 

 

“Zeleris® é a melhor opção disponível no mercado, seja por sua combinação inédita com início de ação rápido de até 1h após a aplicação, seja pela aplicabilidade de dose única (1mL/10Kg de peso vivo, por via subcutânea), que facilita o cálculo de volume pelo veterinário e diminui consideravelmente o estresse dos animais por aplicações repetitivas. Por meio de sua combinação segura, eficiente e inovadora, Zeleris® cuida do bem-estar animal, trata a infecção e ajuda o gado a respirar melhor”, Malacco finaliza. 

 

 

 

Fonte: Mayra Dalla Nora