Operação Dubium realiza abordagens no interior da Reserva Roosevelt e Parque Aripuanã durante três dias contínuos, inclusive nas madrugadas.
VILHENA/RO – A Polícia Federal, com o apoio do IBAMA, deflagrou, entre os dias 7 e 9 de novembro, a Operação Dubium[1], com objetivo de reprimir a prática de garimpo ilegal no interior da Reserva Roosevelt e Parque Aripuanã.
A ação tem como foco a desativação de garimpos, por meio da apreensão de materiais e destruição de maquinários utilizados na prática ilegal, e a repressão de outros crimes ambientais oriundos da extração ilícita de minérios.
A operação contou com a participação de 26 Policiais Federais e quatro agentes de fiscalização do IBAMA. Dois helicópteros foram empregados nas abordagens e no transporte de equipes.
Ao final da ação, que durou 3 dias, foram inutilizados todos os bens dispostos diretamente nas atividades criminosas, como acampamentos (15), balsas (6), barcos (2), escavadeiras hidráulicas (2), motores grandes (23) e pequenos (6). A inutilização dos equipamentos foi feita para que não fossem reutilizados na prática do crime ambiental, uma vez que era inviável retirá-los do local.
A mineração ilegal produz diversos impactos ambientais e sociais, sendo uma das principais responsáveis pelo aumento do desmatamento, pelo
assoreamento e contaminação de rios e nascentes (principalmente pelo uso do mercúrio).
A prática da extração ilegal de recursos minerais é tipificada como crime pelo artigo 55 da Lei n. 9.605/98 (lei de crimes ambientais) com pena de detenção, de seis meses a um ano, e multa.
As informações coletadas contribuirão para as investigações em andamento na Delegacia de Polícia Federal em Vilhena, bem como para programações de outras ações ostensivas com o objetivo de preservar as Terras Indígenas.
O nome Dubium, dúvida em latim, faz referência ao primeiro nome dado ao Rio Roosevelt, anteriormente conhecido como Rio da Dúvida.
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