Manejo do Pirarucu na Resex Rio Cautário em Costa Marques será destacado pela Sedam na COP-27

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O levantamento da presença do pirarucu em áreas que não são naturais vem sendo feito pela Sedam

 

O pirarucu é um peixe nativo da Bacia Amazônica, porém, não ocorre de forma natural em sua totalidade. Rondônia é um exemplo de Estado, onde o peixe se apresenta nativo em apenas parte do Estado, mais precisamente na porção Norte, área limítrofe com o Amazonas. Por múltiplas causas, o peixe teve sua distribuição geográfica ampliada e hoje encontra-se na condição de exótico invasor em diversas partes de Rondônia, Brasil e até mesmo em outros continentes.

A presença da espécie invasora reduz a disponibilidade ictiológica nativa

 

O levantamento da presença do pirarucu em áreas que não são naturais vem sendo feito desde 2021 pelo Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental – Sedam. De acordo com o coordenador estadual de Unidades de Conservação – CUC, José Antônio Sepeda Silva, um dos representantes de Rondônia na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP-27, vai levar o trabalho de Rondônia que começou ainda em 2021, na Reserva Extrativista (Resex) Rio Pacaás Novos em Guajará-Mirim e agora se estende para a Resex Rio Cautário em Costa Marques, onde se detectou a presença mais efetiva da espécie invasora, com a redução da disponibilidade ictiológica nativa nas áreas onde surgiu e aumentou o quantitativo de pirarucus.



“Entre as causas para o aparecimento do pirarucu em unidades de conservação estão o escape de pisciculturas, as cheias históricas, o rompimento de barragens e até mesmo introduções intencionais ou acidentais, a partir do transporte de alevinos. Com o aumento gradativo da quantidade de pirarucus, onde o mesmo não é nativo, pescadores profissionais e moradores tradicionais – extrativistas, ribeirinhos e quilombolas, têm monitorado os impactos ambientais, respectivamente com dados oficiais de desembarque pesqueiro e com base em observações”, relatou o coordenador.

Ainda de acordo com o coordenador “a pedido das comunidades, a Sedam iniciou a execução do Plano de Manejo de controle do pirarucu, visto que a omissão em controlar a espécie poderia provocar danos irreversíveis às populações nativas. Seria uma forma de mitigar os possíveis impactos provocados pelo pirarucu nas áreas de invasão”, detalhou.

 

Sedam iniciou execução do Plano de Manejo e controle do pirarucu, na Resex Rio Cautário

MANEJO PIRARUCU

O plano de manejo tem como objetivo a implementação do controle destes peixes na Reserva Extrativista Estadual do Rio Cautário, onde é considerado invasor, sendo assim, um risco ambiental, como predador de diversas espécies nativas (peixes e tartarugas), visando assim, a preservação da biota nativa e buscar o potencial de comércio do pirarucu como forma de gerar renda aos moradores tradicionais envolvidos nas ações de manejo de controle.

 

 

 

 

 

 

 

Fonte
Texto: Andréia Fortini
Fotos: José Antônio Sepeda Silva
Secom – Governo de Rondônia