Surto de virose é grande em Jaru, RO

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Nas unidades básicas de saúde de Jaru são registradas várias entradas de pessoas com queixa de vômito e diarreia.

Fachada do Setor de Vigilância e Epidemiologia. Av. Rio Branco.

 

O que não era para ser considerado comum, infelizmente virou rotina nos postos de saúde e no hospital municipal da nossa cidade. O número de pacientes com queixa de vômito e diarreia foi tão alto, que assustou até os profissionais de saúde. Em entrevista exclusiva ao Jornal Eletrônico PortalP1, a secretária municipal de saúde, Tatiane de Almeida Domingues, disse que também ficou surpresa e reafirmou que, para bebês de dois a quatro meses, existem vacinas disponíveis nas unidades básicas de saúde, que agem contra o rotavírus, obstruindo a contaminação que, em casos de recém nascidos, pode levar até à morte. As doses de vacinas estão disponíveis à população indicada, sendo a primeira aos dois meses de idade e a segunda aos quatro meses.

A secretária ainda alertou que, crianças e adultos com sintomas de vômito e diarreia devem ser encaminhados imediatamente ao posto de saúde mais próximo de sua casa, para avaliação imediata. Caso haja necessidade de internação, o paciente será encaminhado ao Hospital Municipal, para que receba os devidos cuidados.

Betania Rafael de Paula – Coordenadora do setor de vigilância epidemiológica

Procuramos também a coordenadora do setor de vigilância epidemiológica do município de Jaru, Betania Rafael de Paula, que de súbito, apontou a causa desse surto: água de poço contaminada com coliformes fecais, motivada pela aproximação de fossas. Disse ainda que no período chuvoso, a tendência é que essa contaminação evolua para um quadro mais grave.



Na 42ª semana de 2019, foram registradas 252 ocorrências com sintomas do rotavírus. Após um estudo realizado pela coordenadoria, chegou-se à conclusão que, os setores com maiores incidências foram: setor 02, setor 04 e setor 05. Imediatamente uma ação foi iniciada, com a distribuição de cloro e orientação de uso. Depois da ação, o resultado foi visível. Na 49ª semana foram registradas 100 entradas nas unidades de saúde, e na 50ª semana, 74 casos. Como existem vacinas destinadas às crianças, o maior número de casos aparece entre pessoas adultas.

De acordo com Betania Rafael, quem tem poço em casa e ainda não recebeu o cloro, pode se dirigir ao Setor de Vigilância Epidemiológica, popularmente conhecido como antiga SUCAM, na Av. Rio Branco, e requisitar o produto para levar para casa.

Para finalizar, a coordenadora deixa um número de telefone para quem quiser tirar qualquer dúvida sobre o assunto, que é 3521-2549. E acrescenta:

“Água de poço não é apropriada para consumo humano. Infelizmente nosso lençol freático está contaminado. Caso essa água seja utilizada para lavar alimentos, como frutas, verduras e legumes, ela precisa ser tratada com cloro. A dosagem correta está no rótulo da embalagem”.

Jornal Eletrônico PortalP1 – Rick Silva

Fotos: Rick Silva – Internet

Tatiane de Almeida Domingues – Sec. Municipal de Saúde