Delegacia da Mulher é inaugurada, efetivo vai priorizar trabalho investigativo.

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Delegada Drª Caritiana Cuellar – Foto:PortalP1

 

Mesmo sem ter ainda o efetivo suficiente para atuar em Jaru (RO), distante 300 km da capital, a Delegacia da Mulher foi inaugurada recentemente e tem como titular a Delegada de Polícia Civil Dr.ª Caritiana Cuellar.

 

Caritiana destacou a necessidade da delegacia no município. De acordo com ela, há muitos registros de violência domestica, especialmente contra a mulher que agora receberá apoio investigativo e protetivo, já que os agentes integrantes da delegacia, são especialistas.

 

Registros de ocorrência, pedidos de medidas protetivas e flagrantes, serão todos realizados ainda na UNISP. A Delegacia da Mulher, vai trabalhar por enquanto na investigação dos casos denunciados, já que o efetivo é majoritariamente composto pela delegada, uma escrivã e também a chefe do Serviço de Vigilância, Investigação e Captura (SEVIC).

 

Caritiana disse que as denuncias podem ser feitas pelo numero 180 e também 190, sendo este último o telefone de emergência da Polícia Militar.

A delegada lembrou que qualquer tipo de violência contra uma pessoa é passível de punição e nalguns casos, detenção. Tortura física, psíquica e psicológica,     patrimonial, sexual e emocional, entra na Lei Maria da Penha.



 

A delegada chegou no município de Jaru em agosto deste ano e disse que o numero de casos de violência contra a mulher é altíssimo. “Ao menos um terço ou no mínimo um quarto dos registros de ocorrências em Jaru, são de violência domestica e sexual. Toda semana temos aqui um registro de Maria da Penha, três e até quatro registros de lesão corporal, entre um e dois de ameaça, ou seja, números altos”, disse.

 

De acordo com a delegada, após a inauguração, já houve cumprimento de medida e uma prisão teria sido feita, além de dois flagrantes de Maria da Penha. “Do final de semana para cá, atendemos dois flagrantes e vamos atender toda esta região, menos Machadinho, que já tem a DP de lá”, disse Caritiana.

Quem liga na Delegacia da Mulher ou na Polícia Militar denunciando agressão, não poderá mais desistir da ocorrência. De acordo com a delegada, sendo da vontade ou não de pessoa denunciante, o registro será feito e um inquérito, nalguns casos, instaurado.

 

Caritiana disse que também há casos em que a mulher mente, finge agressão e até um registro foi feito em Jaru. Neste caso, a mulher teria se arrependido e apresentado provas de que ela própria se machucou para incriminar o marido.

A Delegacia da Mulher fica no prédio da Delegacia Regional da Polícia Civil na Rua Raimundo Catanhede setor 02.

Da Redação PortalP1